segunda-feira, 27 de setembro de 2010

A mídia na corda bamba do Boff

A mídia na corda bamba do Boff


Por Sergio Ulhoa Dani, de Kassel, Alemanha, em 27 de setembro de 2010


O escritor Leonardo Boff critica o que chamou de abuso de liberdade da imprensa brasileira que, ‘na previsão de uma derrota eleitoral, decidiu mover uma guerra acirrada contra o Presidente Lula e a candidata Dilma Rousseff.’ [1]


Os abusos da imprensa denunciados por Boff incluem: ‘o factóide, a ocultação de fatos, a distorção e a mentira direta.’ Curiosamente, esses são abusos geralmente atribuídos ao lulo-petismo. Mas o filósofo Boff não se deixa abalar por essa contradição. Na sua tentativa de socorrer Lula e Dilma, recruta um exército de 30 milhões de pobres, e não hesita em usá-los como escudos: o teólogo da libertação Leonardo Boff transmuta a guerra da imprensa contra Lula e Dilma numa ‘guerra contra os pobres que estão se libertando’, movida por 'uma elite que não aceita que alguém de baixo que chegou lá em cima tenha se tornado o presidente de todos os brasileiros'.


A lógica de Boff caminha na corda bamba. Seu texto revela alergia às elites, parece desconhecer ou desprezar o papel das elites numa democracia. Tecnicamente falando, não pode haver uma democracia verdadeira na qual cada um participa das tomadas de decisões políticas diárias, simplesmente por causa do tamanho da população na sociedade moderna. Mas, curiosamente, Boff parece não reconhecer Lula e Dilma e os lulo-petistas como elites, prefere identificá-los com os pobres, prefere mover uma reação intestina contra os 'estômagos elitistas' da mídia.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

As eleições e a herança política

Escalada do arbítrio econômico e da violência moral e ambiental no Brasil


Por Gustavo Gazzinelli e Sergio U. Dani


O Brasil é campeão da violência no mundo. As estatísticas indicam que 150 mil brasileiros morrem anualmente vítimas de causas violentas, como homicídios (especialmente nas camadas mais jovens) e acidentes de trânsito. Morrem mais brasileiros por ano por causas violentas do que civis na guerra do Iraque. Esta não é obra exclusiva do atual governo, mas o modelo que este vem trilhando pouco incide sobre a reversão deste quadro, ao contrário, piora gravemente a situação.


Existe uma violência sistêmica em escalada na sociedade brasileira. Esse tipo de violência é altamente letal e interfere diretamente na constituição moral do nosso povo, empresas e instituições. Ela afeta não apenas as gerações atuais, mas as futuras, não apenas as pessoas, mas também o ambiente que lhes dá sustentação. Ela é uma violência hipócrita, porque é praticada a título da geração de emprego e renda, desenvolvimento e progresso.

Violência social no Brasil

A violência social no Brasil

Por Antonio Flávio Testa (*)


A crescente violência social no Brasil pode ser vista sob vários ângulos.


quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Conselho de Cidadãos decide adiar data de debate

O Conselho de Cidadãos decidiu adiar a data do debate dos candidatos da jurisdição consular de Berlim ao Conselho de Representantes Brasileiros no Exterior (CRBE). O debate, anteriormente previsto para 3 de setembro (sexta-feira), às 16h, em Berlin, foi adiado por tempo indeterminado.