Por Sergio Ulhoa Dani, de Tübingen,
Alemanha.
Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil – O Reitor da UFMG-Universidade Federal de Minas Gerais, Clélio Campolina teme que a Universidade seja invadida e depredada durante os jogos de futebol da Copa das Confederações da FIFA, realizados no Estádio Mineirão.
O Minerão é vizinho ao Campus da UFMG, considerada
uma das melhores Universidades Brasileiras. O estádio é alvo das manifestações e protestos
populares porque foi um dos “12 estádios do Lula” construídos ou reformados com
verba pública para atender aos caprichos desse presidente ignorante, corrupto e
populista, e à cartolagem da FIFA.
O Reitor Campolina “decretou” feriado na
UFMG nos dias dos jogos de futebol no Minerão e quis a presença do Exército Brasileiro.
Mas, os alunos e professores da Universidade repeliram a presença do Exército.
Contrariando a postura dos alunos e
professores, o Reitor tem se reunido com as cúpulas da Polícia Militar de Minas
Gerais, Exército Brasileiro e Governo do Estado de Minas Gerais.
Os “cartolas” teriam discutido estratégias
e ações contra possíveis “atos terroristas” ou depredação da UFMG durante os
jogos no Mineirão.
É preciso deixar claro o que é
terrorismo e quem é terrorista. Nos melhores dicionários da língua portuguesa
está escrito: “Terrorismo é governar sem respeitar as regalias e os interesses
do povo”.
Será possível que as dezenas de milhares
de manifestantes sejam “terroristas” ou tenham o interesse de depredar a UFMG?
Que uma meia dúzia de vândalos
infiltrados entre as dezenas de milhares de manifestantes não possam ser
contidos pelos próprios manifestantes e a própria comunidade dos milhares de
alunos e professores da UFMG?
Então, por que o Reitor esvaziou a UFMG,
“decretando” feriado nos dias dos jogos de futebol?
Entre o risco de depredação, a vergonha da
troca das cabeças e mãos universitárias pelos pés futebolísticos, e o crime do
uso do aparelho de defesa do Estado como instrumento de repressão contra o próprio
povo, sem dúvida devemos ficar com o primeiro.
O risco da depredação não é risco, é oportunidade,
como ensina Omar Motteiro, Reitor da Universidade do Azinabrão e renomado especialista
em “terrorismo não letal”, em carta dirigida ao colega, Reitor Clélio Campolina:
- "Magnânimo" Reitor, Vossa Magnanimissência perdeu
a oportunidade de tornar-se Magnífico abrindo o campus para abrigar os
manifestantes e depois, tendo como cenário os escombros da fúria gerada pela
indignação, declarar solenemente: "Esta universidade acaba de criar, na
grade de todos os cursos, a disciplina INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA DIGNIDADE E DA
CIDADANIA”.
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