segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

O decadente império de Brasília e os inevitáveis movimentos de independência

Sergio Ulhoa Dani, em 30.dez.2013

O modelo do governo central e imperialista de Brasília está ultrapassado. A distribuição de bolsas, cotas, fundos, ‘pão e circo’ e outros favores tornou-se prática de manutenção de um governo incompetente e falido que de outra forma não se sustenta. Esses mimos são moedas de troca na compra e venda de votos e lealdade, eles corrompem cidadãos, dominam instituições e está claro que não reduzem a pobreza, a injustiça e a desigualdade social.

Quando o cidadão recebe um favor do governo, ele é comprado com seu próprio dinheiro. Essa corrupção não é, e nunca será política de desenvolvimento social. Política social é conservar um ambiente ecologicamente equilibrado, construir e manter boas escolas de todos os níveis e tipos, bons hospitais e transporte público seguro e de boa qualidade, bens de uso geral do povo e fundamentais para a boa saúde e a boa qualidade de vida.

Na política, ao contrário do que acontece na agricultura, costuma-se colher e semear ao mesmo tempo. A economia influencia a política, e a política influencia a economia. A politicalha corrompe as instituições sociais do Brasil e consegue a façanha de sabotar uma das maiores economias do planeta. Corrupção, ignorância, dívida, crime, insegurança, doença, atraso e retrocesso são os frutos que colhemos da árvore corroída pelos políticos bons de voto e conchavo, mas péssimos de governo.

Há quase dois séculos, nós declaramos nossa independência de Portugal, exatamente porque o modelo ultrapassado da corte de exploração não nos servia. Nós já tínhamos a coragem e o poder de proteger nossas riquezas, nossa identidade, nosso orgulho e nossa liberdade. Depois declaramos nossa independência do Império, da República Velha e das ditaduras. Em todas as épocas fomos ‘atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desanimados, perseguidos, mas não desamparados, abatidos, mas não destruídos’ (II Cor. 4: 8 – 9). Nós sempre caminhamos em direção aos nossos destinos.

Agora é o tempo de declararmos nossa independência de Brasília e sua politicalha, esses cânceres que consomem nossos povos, nossos territórios e nossos governos. A vontade e o destino dos povos é constituir territórios e governos independentes.

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